sexta-feira, 27 de abril de 2012

Sucuri

A Anaconda ou Sucuri, Eunectes murinus, a maior serpente do mundo, podendo atingir até 16m de comprimento. Seu tamanho pode ser excedido pelo da Píton Reticulada, mas esta espécie é muito mais esguia. A Anaconda tem habito semi-aquático, está fortemente associada a pântanos e rios com poucas correnteza e é raramente encontrada longe da água. Sua dieta inclui tartarugas de água doce, jacarés, bem como mamíferos de médio porte e, também, aves. Estas serpentes são agressivas e perigosas.

Jiboias


As Jiboias são as serpentes mais populares. Elas diferem de suas parentes próximas, as Pítons, pelo fato de darem à luz filhotes já formandos (as Pítons são ovíparas). Estas cobras impressionantes têm poderosos e afiados dentes. Esta subespécie é originalmente encontrada em florestas, embora habite clareiras, bordas de matas e a caatinga nordestina. Apesar de ter um tamanho maior em relação à outra subespécie (Boa constrictor amarali), esta é a menos agressiva e tem cores mais vistosas.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Boas

Eryx conicus


Tem os sinais mais atraentes desse gênero com um padrão característico em ziguezague no dorso. As escamas são eriçadas. É uma cobra que em geral fica na toca durante o dia.


Nome popular: Boa-da-areia.
Tamanho: 1m.
Habitat: Áreas desérticas e arenosas.
Distribuição: Sri Lanka, Paquistão, Índia.
Alimentação: Roedores, aves, lagartos.
Reprodução: Vivípara, até 11 filhotes por ninhada.


Eunectes notaeus


Uma cobra amarela com um padrão atraente de nódoas grandes pretas no dorso e nos flancos. Os olhos são voltados para cima. Não tem fosseta loreal.


Nome popular: Sucuri-amarela.
Tamanho: 2m.
Habitat: Charcos.
Distribuição: América do Sul.
Alimentação: Répteis, aves, mamíferos.
Reprodução: Vivípara, com grandes ninhadas.


Lichanura trivirgata saslowi


Uma cobra com corpo pesado, cabeça estreita e cauda grossa. Tem listras laranja ou marrom-alaranjadas bem definidas que correm pelo corpo. Os olhos também são laranja. Não apresenta fosseta loreal.


Nome popular: Boa rubra da Califórnia.
Tamanho: 1m.
Habitat: Leitos de lava, áreas rochosas.
Distribuição: México.
Alimentação: Aves, mamíferos pequenos.
Reprodução: Vivíparas, ninhadas de 3-8 filhotes.


Eryx jaculus


Cobra de cauda grossa e curta, amarelo-clara, pardo-avermelhada ou cinza. As manchas irregulares no dorso podem formar barras ou pontos. Uma linha escura corre do olho à ponta de sua mandíbula. Não tem fosseta loreal.


Nome popular: Boa-lança.
Tamanho: 80cm.
Habitat: Lugares secos e arenosos, sob rochas.
Distribuição: Sudoeste da Europa, Turquia, Oriente Médio.
Alimentação: Roedores, aves, lagartos.
Reprodução: Vivípara, ninhadas de até 20 filhotes. 

sábado, 21 de abril de 2012

Boas

Corallus cininus


Os filhotes são vermelhos ou laranja, tornando-se verdes no primeiro ano de vida. Têm uma fileira de sinais brancos no dorso e fossetas loreais grandes e proeminentes.


Nome popular: Cobra-papagaio.
Tamanho: 1,60m
Habitat: Florestas tropicais com árvores grandes.
Distribuição: Bacia amazônica na América do Sul.
Alimentação: Mamíferos pequenos e aves.
Reprodução: Vivípara, até 20 filhotes por ninhada.


Corallus enydris


Uma cobra delgada marrom, amarela, laranja ou cinza. Algumas variedades têm sinais escuros no dorso. Os filhotes possuem cores mais vivas que os adultos. Tem fossetas loreais proeminentes.


Nome popular: Cobra-veadeira.
Tamanho: 1,80m
Habitat: Florestas com árvores altas.
Distribuição: América do Sul, Índias Ocidentais, América Central.
Alimentação: Mamíferos pequenos, rãs, aves, lagartos.
Reprodução: Vivípara, até 20 filhotes por ninhada.


Epicrates cenchria


É uma das mais coloridas das nove subespécies de salamantas que existem. As escamas são lustrosas e iridescentes. Há uma fileira de círculos pretos no dorso e ocelos pretos de cada lado. Suas fossetas loreias são superficiais.


Nome popular: Salamanta.
Tamanho: 2m.
Habitat: Florestas e clareiras tropicais.
Distribuição: América do Sul.
Alimentação: Mamíferos pequenos, aves.
Reprodução: Vivípara, até 30 filhotes por ninhada.


Epicrates striatus


Uma cobra variável com nódoas no dorso. A cor das nódoas pode ser cinza-escuro, marrom ou avermelhado. A cor do ventre é cinza mais claro. Suas fossetas loreais são superficiais.


Nome popular: Boa-do-haiti.
Tamanho: 2,30m.
Habitat: Florestas e mangues. Gosta de subir em tetos de sapé.
Distribuição: Haiti, Bahamas.
Alimentação: Os filhotes comem lagartos pequenos; as adultas galinhas, mamíferos pequenos, pássaros.
Reprodução: Vivípara, até 50 filhotes.

Boa

Xenopeltis unicolor


Cobra brilhante com escamas lisas. O focinho tem forma de pá para que a cobra possa escavar sua toca. Os olhos são pequenos e redondos. A cabeça é achatada. O ventre é quase branco; o dorso, cinza-escuro


Nome popular: Raio-de-sol
Tamanho: 1m
Habitat: Áreas agrícolas, parques, florestas, sob escombros.
Distribuição: Sudeste da Ásia.
Alimentação: Lagartos, outras cobras, rãs, roedores pequenos.
Reprodução: Ovípara, seis ovos por ninhada.


Boa constrictor 


Uma espécie de boa grande com sinais variados. É cinza ou bege com sinais marrom-escuros no dorso. Não tem fosseta loreal.


Nome popular: Jiboia
Tamanho: 4m.
Habitat: Clareiras de florestas tropicais, cerrados, terras agrícolas, próximo a povoados.
Distribuição: América do Sul e Central, ilhas o oeste da Índia.
Alimentação: Mamíferos e aves.
Reprodução: Vivípara, até 50 filhotes por ninhada.


Candoia carinata


Pode ser cinza-claro, quase branca, com uma linha escura irregular ao longo do dorso, ou vermelho-tijolo com uma linha castanha. Pode ser grossa ou fina. A cabeça é achatada, e o focinho em ângulo oblíquo. Não tem fosseta loreal.


Nome popular: Boa-do-pacífico.
Tamanho: 1,50m
Habitat: Florestas.
Distribuição: Nova Guiné.
Alimentação: Mamíferos pequenos, aves, lagartos.
Reprodução: Vivípara, até 70 filhotes por ninhada. 


Charina Bottae


Cobra marrom ou cor de oliva uniforme, cilíndrica com escamas pequenas e brilhantes e olhos pequenos. A cauda é curta e grossa e muitas vezes erguida do chão para desviar ataques de sua cabeça.


Nome popular: Boa-borracha.
Tamanho: 80cm
Habitat: Cerrados, pastagens, pinheirais, sob casca de árvores.
Distribuição: América do Norte.
Alimentação: Cobras, aves, pequenos roedores e salamandras.
Reprodução: Vivípara, 2-8 filhotes por ninhada.

A locomoção da cobra

Apesar de dizermos que as cobras "rastejam", de fato podem locomover-se por quatro formas de movimento: serpeante, tipo sanfona, retilíneo e lateral.


Serpeante
O corpo da cobra dobra-se em arcos horizontais pela contração de músculos na parte interior de cada arco. À medida que as contrações se deslocam pelo corpo da cobra, uma série de ondulações ocorre da cabeça até a parte posterior. Em terra a locomoção serpeante só é possível onde há pedras e vegetação no chão permitindo o impulso.


Tipo sanfona
É usada para rastejar em terreno difícil ou em um espaço confinado, como a toca de um roedor. A cobra calça a parte posterior do corpo e estende-se para a frente ao máximo. Então calça a cabeça e puxa a parte posterior do corpo empurrando-se para a frente. Daí calça a parte posterior de novo e repete o processo.


Retilíneo 
É usado por cobras grandes e pesadas, em particular boas e pítons, e permite que se movam em linha reta. A cobra usa os músculos que ligam as escamas do ventre às costelas, contraindo-as em ondulações do corpo. As escamas do ventre agarram-se a irregularidades do chão, e a cobra é impulsionada para a frente como se deslizasse sem esforço.


Lateral
É necessário pelo menos uma superfície sólida para dar apoio. É usado por cobras que vivem áreas com superfícies de areia instáveis. A cobra move-se lateralmente em uma série de etapas em um ângulo de cerca de 45º em relação ao seu corpo. Ergue a cabeça do chão e a empurra para o lado e o corpo, seguindo-a, forma linhas paralelas.


A primeira foto. A Crotalus ruber habita o extremo sul da Califórnia e é muito venenosa.
A segunda foto. A Lampropeltis getulus é imune ao veneno de cascavel e especializou-se em comê-las.

Os sentidos da cobra

Enquanto os seres humanos utilizam principalmente a visão e a audição, esse sentidos são pouco desenvolvidos nas cobras. Elas dependem mais de outros estímulos, em particular dos odores e, em alguns casos do calor.


Audição da cobra
As cobras não tem aberturas de ouvidos, trompas de Eustáquio e não podem captar ondas sonoras pelo ar. No entanto, seu ouvido interno reage a qualquer vibração no chão, detectada pela mandíbula inferior e transmitida pelos ossos.


Visão da cobra
Em geral os olhos das cobras são ineficientes. São incapazes de focalizar, e a maioria não tem pálpebras móveis, resultando num olhar estático. As cobras ativas diurnas têm pupilas redondas, enquanto as noturnas, como as píton, têm pupilas com aberturas verticais.


O olfato da cobra
É o sentido mais importante das cobras. As presas, os predadores e os membros do sexo oposto são identificados pelo aroma que emitem. As partículas de odor do ar são captadas e "saboreadas" pela sua língua bífida, e essa informação é transferida para o cérebro por meio de células especiais do palato.


Cobras que buscam calor
As cobras são sensíveis a mudanças de temperatura ao seu redor e à radiação infravermelha. Algumas boas, píton e todas as víperas têm um órgão termorreceptor, ou fosseta loreal, dos dois lados da cabeça entre o olho e a narina, que lhes permite detectar e atacar com precisão uma presa de sangue quente, mesmo no escuro.


A primeira foto. A cobra-feroz é das mais venenosas do mundo; só é encontrada nas regiões desérticas da Austrália.
A segunda foto. Vê-se claramente o órgão termorreceptor da Trimesesurus albolabris entre o olho e a narina.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Cobras Rastejantes

As cobras podem sobreviver em qualquer lugar, das regiões frias aos desertos mais quentes, e nas florestas tropicais - você pode encontrá-las até debaixo da água.


Andando por aí
As cobras não tem braços ou pernas. Elas possuem um corpo flexível capaz de contorcer-se. Algumas rastejam em linha reta, outras, como esta víbora-do-deserto, formando uma letra "s".


O sentido das cobras
As cobras não podem ver ou ouvir muito bem, mas podem farejar melhor que eu e você. Elas usam suas línguas bífidas para farejar e provar o ar ao seu redor.


Cobras em todo lugar
A forma do corpo das cobras é adaptada conforme o lugar onde vivem. As cobras que vivem no chão têm o corpo pesado para deslizar sobre o solo, enquanto as serpentes marinas têm uma cauda com a forma de um remo para que possam nadar.


Pondo ovos
As cobras põem ovos, mas muitas delas não são bons pais. A píton se enrola ao redor dos ovos para mantê-los aquecidos, mas a maioria das cobras abandona seus filhotes para que se cuidem sozinhos.


Hibernando
As cobras não conseguem controlar muito bem a temperatura do corpo e, portanto, aquelas que vivem nas regiões frias dormem durante muito tempo, ou hibernam, durante o inverno. Elas podem sobreviver a vários meses sem alimento.


Escaladoras de árvores
Muitas cobras vivem em árvores, enroladas nos galhos. Elas têm caudas longas que as ajudam a escalar e a se equilibrar.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Biologia e Evolução

Muito antes de os seres humanos e outros mamíferos evoluírem, os répteis já se difundiam pelo mundo, exceto nas regiões mais frias. As cobras são um grupo de répteis muito mais frias. As cobras são um grupo de répteis muito bem-sucedido que colonizou quase todos os habitats desde que surgiu há 130 milhões de anos.


BIOLOGIA DA COBRA


As cobras têm certas características comuns que tornam sua biologia peculiar. Perderam todos os membros, e seus corpos longos e cilíndricos têm limitações. Todas as cobras dependem em maior ou menor grau do calor do sol para manter sua temperatura, incubar seus ovos e criar os filhotes. Embora certas espécies sejam bem regionais, algumas tenham rituais de acasalamento elaborados e outras hibernem em comunidades, as cobras em geral não têm comportamento social como outros grupos de animais.




FÓSSEIS DE COBRAS


Os mais antigos fósseis identificados de cobras foram encontrados em rochas de 130 milhões de anos no Saara, no norte da África. O maior fóssil de cobra descoberto foi o de uma píton extinta no Egito, com cerca de 18 metros de comprimento. A maioria dos fósseis dos fósseis é de criaturas marinhas. Como a maioria das cobras vive na terra, poucas foram preservadas como fósseis.


EVOLUÇÃO DA COBRA


Há poucas dúvidas de que as cobras evoluíram de lagartos com algumas formas de transição surgindo no período cretáceo - a grande era dos  dinossauros. Só após o fim dos dinossauros, há 65 milhões de anos, as cobras começaram a se diversificar a até hoje ainda evoluem. Em termos geológicos, as cobras ainda são um grupo novo, com 2.700 espécies no mundo.








A primeira foto. A Elaphe vulpina dos Grandes Lagos nos EUA é uma constritora forte, matando suas presas por sufocação.
A segunda foto. A Chrysopelea paradisii tem marcas atraentes que também servem como camuflagem muito eficiente.

As Cobras Através da Historia

São muitos os mitos e as lendas sobre as cobras. Elas têm sido adoradas e usadas em cerimônias rituais em todo o mundo. Os aborígenes da Austrália, que ainda praticam a pintura rupestre, retratam cobras com frequência. 

COBRAS ANTIGAS

Na Bíblia, Adão e Eva foram levados a comer o fruto da árvore do conhecimento no Jardim do Éden por uma cobra, e, consequentemente, na visão judaico-cristã a cobra representa o mal. Já no Antigo Egito, as cobras eram adoradas como deuses. A economia do Egito dependia do Nilo, e o Espíritos do Nilo era um deus-cobra. A cobra simbolizava o grande poder do faraó reinante. A cobra mais famosa do Egito era a áspide, que talvez tenha sido usada no suicídio de Cleópatra, sendo possivelmente uma naja egípcia ou víbora venenosa.


COBRAS NA MEDICINA

Acredita-se que comer carne de cobra cura ou pelo menos previne doenças. Os chineses comem cobras para curar a tuberculose e, nos Estados Unidos, o óleo de cascavel é vendido como remédio. O veneno de cobra tem sido usado para tratar gangrena, meningite, cólera e como coagulante sanguíneo. Em 293 a.C., o deu da medicina, Esculápio, representado em forma de cobra, acabou com uma peste em Roma. Até hoje, o emblema de medicina são duas cobras.

PICADAS DE COBRA

Estima-se que cerca de 30 mil pessoas morram anualmente de picadas de cobra, principalmente nos países mais pobres. Na Índia, morrem 10 mil pessoas por ano; nos Estados Unidos, 30. Na Grã-Bretanha, é mais fácil morrer de uma ferroada de abelha (6 por ano) do que uma picada de cobra (1 desde 1945). As picadas podem ser evitadas com simples precauções: não pegar cobras desconhecidas, tomar cuidado onde pisa e usar calçados adequados.



A primeira foto. A inofensiva cobra-do-leite imita a coloração viva das cobras-corais perigosas e altamente venenosas.
A segunda foto. As cores da Micrucus fulvius indicam claramente que ela é muito venenosa.

Cobras Sobrenaturais

As cobras sempre exerceram grandes fascínio sobre os homens, muitas vezes beirando a obsessão. Desde a Pré-Historia, foram envolvidas em uma aura de misticismo e superstição. Seu fascínio deve-se em parte à sua forma e ao seu modo de locomoção peculiares e à sua habilidade de atacar inesperadamente com precisão. Com tais atributos inumanos e "não naturais", são consideradas sobrenaturais e sobre-humanas.